Pular para o conteúdo principal

Modificacao na DSLR para astrofotografia

Bom, apos algumas noites de astrofotografia, aprendendo a alinhar melhor a montagem, aprimorarando o foco nas estrelas usando a Máscara de Hartmann e tambem conhecendo melhor o Deep SkyStacker, fui acumulando registros e ganhando um certo conhecimento em toda essa 'brincadeira'. Alguns registros sem todas aquelas cores, como as que via em muitas imagens de alguns astrofotografos mais conhecidos, aquelas imagens, como por exemplo, da Eta Carinae, toda avermelhada, com varias estrelas, dando uma otima imagem. 

Acontece que, muitas dessas imagens sao feitas com equipamentos fotograficos especificos para tal. As CCD's (charge-coupled device) sao excelentes para isto, porem sao muito caras, principalmente aqui no Brasil. Sendo estas cameras de um custo elevado, a solucao pra mim foram as DSLR's, o que acaba sendo normal quem esta comecando nao investir tanto assim, e ainda aproveitar a camera com outros tipos de fotografia. 

Como falei antes, minha camera e a Canon EOS T3. Ela, como todas as DSLR's normais (digo normais porque existem DSLR's feitas ja se pensando em astrofotografia) tem um filtro para que as fotos saiam "exatamente" como o olho humano ve, assim, nao captando uma certa frequencia de luz, o que acaba tirando a "verdadeira" cor dos gases que compoem certas nebulosas (apenas exemplificando). Portanto, para se 'corrigir' isto, e assim, conseguir fotos melhores e com mais detalhes, a troca do filtro seria essencial. 



(foto: caleidocosmo.commercesuite.com.br)
Ainda nao fiz a modificacao por questoes financeiras (hehe nao e tao barato quanto parece), entao como forma de ilustrar e comparar a modificacao, vou usar uma foto minha da Eta Carinae, e uma foto do Astrofotografo Rodrigo Andolfato, do andolfato.blogspot.com.br (esta e apenas uma comparacao da quantidade de luz/cores entre a DSLR nao-modificada e a modificada).


Imagem do Rodrigo Andolfato, 25x25" ISO 1600, Canon T2i modificada.

Imagem minha com os mesmos (ou quase isso) 25x25" ISO 3200, Canon T3 nao modifcada
Enfim, acho que da pra tirar alguma conclusao disso, nao da? E claro que o Rodrigo e muito mais experiente, mesmo esta foto dele sendo de 2012. Entao assim que tiver a oportunidade (e quando digo oportunidade, me refiro ao dinheiro hehe) vou fazer sim a modificacao, ja que uma CCD para ceu profundo pode chegar a R$ 3.000,00.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cruzeiro do Sul e a Nebulosa Escura do Saco de Carvão

Clique na imagem para ampliar. Para uma resolução ainda maior, considere visualizar pelo Astrobin [ aqui ] Esta imagem acima é uma integração de aproximadamente 40 frames de 20", tirados no dia 30/04/2019, sob um céu parcialmente nublado e instável. A constelação do Cruzeiro do Sul chama atenção nos céus do hemisfério Sul por sua importância histórica nos tempo de explorações, além de conter na "base" da cruz ("próxima" a estrela alpha da constelação - Gacrux) a Nebulosa do Saco de Carvão.   Um dos objetos mais proeminentes de seu tipo, visível a olho nu. Milhões de anos a partir de agora, pedaços da Nebulosa Saco de Carvão irão acender, como o seu homônimo de combustível fóssil, com o brilho de muitas estrelas jovens. A Nebulosa de Carvão está localizada a cerca de 600 anos-luz de distância, na constelação de Crux - O Cruzeiro do Sul. Este enorme objeto obscuro forma uma silhueta conspícua contra a brilhante faixa estrelada da Via Láctea e, por

M83 (Cata-Vento do Sul) - Finalmente uma espiral

(Clique para ampliar) Imagem registrada usando aproximadamente 200 frames, 20 darks e 20 flats. Em junho de 2016, a ideia inicial no momento em que decidi montar meus equipamentos foi registrar os aglomerados de galáxias de Virgem, Virgo Cluster. Mas, como estava com dificuldades para identificar as galáxias nos frames únicos (que descobri mais tarde que não haviam nenhuma galáxia visivel nos meus frames), decidi trocar para um 'alvo' com luminosidade aparente melhor, a M83, popularmente conhecida como Galáxia Catavento do Sul . Logo no primeiro frame já foi possível identifica-la. Então, algumas correções foram feitas para ajustar o posicionamento no enquadramento do frame e os registros foram feitos.  Minha montagem é uma EQ-3. Por conta disso, os erros periódicos acontecem em longas exposições (acima de 45s, dependendo da qualidade do alinhamento), então, os frames tiveram de ser de 25 e 30s de exposição. Também fiz alguns darks frames para evitar um certo